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Como a pandemia transformou a criação e consumo de vídeos

O cenário atual da produção audiovisual está mudando rapidamente e redefinindo a maneira como, ao que e por que assistimos aos conteúdos em vídeo. 

Esses processos impactam todo o ecossistema: desde os espectadores, anunciantes, criadores e artistas.

Desde o início da pandemia, quando pessoas do mundo todo passaram a usar cada vez mais o digital para trabalhar, comprar, se conectar com amigos e lidar com outras tarefas cotidianas, algumas tendências de vídeo evoluíram. 

A pandemia teve o poder de acelerar tendências, mesmo que a gente reconheça que algumas delas já vinham sendo percebidas há alguns anos.

De acordo com Neal Mohan, Diretor de Produto no Youtube, há 3 fenômenos que estão transformando o comportamento das pessoas em relação ao consumo de conteúdo em vídeo digital. 

Listamos abaixo cada uma delas:

1. O streaming e a TV conectada estão em alta

O que mudou no consumo?

Esqueça as pessoas que pagam por serviços tradicionais de TV, como cabo ou satélite. Desde 2020, a tendência da migração para o streaming se tornou real com a estimativa de que até o final de 2021, mais de 106 milhões de lares tenham conteúdo em streaming.

Mesmo antes da pandemia, e antes de 2020, o streaming já era a maneira preferida das pessoas para consumir conteúdo.

Lembra do horário nobre tradicional? Pois ele se tornou um novo horário nobre, agora mais pessoal, pois as pessoas preferem a liberdade de ver o que quiserem, na hora que quiserem, em streaming, como um filme preferido, um show, um evento esportivo importante ou simplesmente um vídeo que ajude a resolver um problema pontual.

Com um número maior de pessoas passando mais tempo em casa, o tempo de exibição do conteúdo em streaming cresceu como nunca, sobretudo nas TVs conectadas (CTV). 

Embora as pessoas ainda recorram bastante ao celular para ver o YouTube, a TV se tornou a tela com maior crescimento no uso da plataforma. 

De acordo com dados do YouTube, em dezembro de 2020, mais de 120 milhões de pessoas nos EUA assistiram ao YouTube ou usaram o YouTube conectado às suas TVs. 

O Brasil seguiu a tendência com um aumento expressivo no tempo de exibição da plataforma conectada às telas grandes.


E o que mudou para as empresas?

Já para os anunciantes, a mudança para o streaming e a TV conectada traz desafios e também oportunidades. 

Desafios sobre como planejar o que comprar e mensurar o impacto, por exemplo, não são desafios novos. Mas novas soluções estão sendo adotadas para resolver essas questões antigas. 

Os anunciantes nos EUA, por exemplo, mensuram suas campanhas de CTV no YouTube por meio de um provedor associado, a Nielsen. E isso começou a ser possível a partir deste ano, 2021.


Quais oportunidades foram geradas?

O streaming dá aos anunciantes mais espaço para se conectar com seu público prioritário, incluindo as pessoas que cada vez mais trocam a TV tradicional pelas plataformas de streaming. 

Mesmo que pareça que esse cenário fragmenta mais os públicos que tentamos alcançar de tantas formas, a quantidade de plataformas que permitem anúncios em grande escala ainda é bastante pequena.

Segundo a Comscore, cinco serviços de streaming representam mais de 82% do alcance da TV Conectada nos EUA: Netflix, YouTube, Amazon Prime, Hulu e Disney+, e apenas duas dessas plataformas vendem anúncios. Entre elas, o YouTube é o nº 1 em alcance e tempo de exibição, representando 41% de todo o tempo de exibição em streaming com disponibilidade de anúncios. 

Esses números mostram como a TV conectada é o começo de um novo capítulo importante para o universo do vídeo.

Sua empresa está preparada para entrar neste universo? 


2. E-commerce impulsionado pelo vídeo digital

Há anos vemos um crescimento do e-commerce, mas com a pandemia o consumo online registrou um salto de décadas em semanas. 

Em 2020, a participação das compras digitais no total das vendas no varejo cresceu 44%, de acordo com o Departamento de Comércio dos EUA. 

O vídeo tem um papel cada vez mais importante na transformação do consumo, principalmente à medida que os clientes usam mais o digital.

Um motivo para essa mudança é que, enquanto os consumidores querem a conveniência de pesquisar e ver reviews dos produtos online, eles também confiam no aconselhamento proporcionado pela experiência da loja física. É aí que entram os criadores do YouTube.

Os criadores na jornada de consumo são capazes de oferecer experiências de compra sem fricção, dedicando bastante tempo e esforços para construir conexões verdadeiras com seus públicos. 

O resultado são recomendações confiáveis de marcas e produtos. A iJustine, é um exemplo de criadora na jornada que faz vídeos sobre todo tipo de aparelho tecnológico, de celulares a drones. Suas resenhas são um recurso do qual seus fãs se tornaram dependentes.

Os criadores na jornada de consumo geraram oportunidades para plataformas como o YouTube para oferecerem mais experiências de compra sem fricção. 

Já há testes em andamento de um novo recurso que permite aos espectadores explorar a credibilidade e o conhecimento de seus criadores preferidos para tomar decisões dentro do próprio YouTube. 

A expectativa é que inovações como essa ajudem a gerar mais valor a consumidores, criadores e varejistas.


3. O conteúdo de formato curto veio para ficar

Em meio à alta da TV conectada no último ano, houve uma tendência que surgiu nos aparelhos móveis: o crescimento da criação e do consumo dos vídeos de curta duração. O TikTok que o diga, né? 

Isso pode ser explicado por dois fatores que são relacionados: os caminhos facilitados para se criar e consumir nos celulares; e os aparelhos que continuam sendo ferramentas simples e poderosas para quem quiser criar ou assistir a formas envolventes de conteúdo.

Pensando em uma forma de dar aos espectadores mais acesso aos formatos curtos de conteúdo, e ainda facilitar a vida dos criadores, o YouTube está desenvolvendo uma experiência móvel de curta duração própria, chamada “Shorts”.

Os testes dos Shorts começaram no ano passado (2020), na Índia, com várias ferramentas de criação, incluindo uma câmera de multisegmento, a possibilidade de gravar com música, controles de velocidade, um cronômetro e um recurso de contagem regressiva. 

Desde o começo de dezembro, a quantidade de canais indianos usando as ferramentas de criação de Shorts mais que triplicou. Muito em breve, o recurso deverá estar disponível para os EUA.

Essas tendências deixam claro que esta é uma época de crescimento para os vídeos digitais. 

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Com a TV conectada (CTV), o e-commerce e os vídeos de curta duração cada vez mais acessados nos conteúdos em vídeo, as novas tendências que vamos encontrar pela frente no futuro podem ser facilmente imaginadas. 

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Referência: 

MOHAN, Neal. Como a pandemia está transformando a maneira das pessoas criarem e consumirem vídeos. Abril, 2021. Disponível em: <https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/estrategias-de-marketing/video/tendencias-de-video-pos-pandemia/>. Acesso em: 07/10/2021.

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13 Oct 2021

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